NOME
Viscardi AndradeAPELIDO
-DATA DE NASCIMENTO
8 de Março de 1984LOCAL DE NASCIMENTO
Jales, São Paulo, BrasilPAÍS
NonePESO
77,0 kgALTURA
1,82 mCATEGORIA
Peso Meio-MédioMODALIDADE
-MMA -JIU-JITSU -BOX -MUAY-THAIEQUIPE
Ryan Gracie TeamGRADUAÇÃO
-Biografia
Assim como vários lutadores, Viscardi se encantou pelo MMA ainda garoto, ao assistir a Royce Gracie “finalizando todo mundo” por meio de fitas VHS que pegava na locadora. Uma criança muito ativa, foi matriculado pelo pai no judô ainda aos cinco anos de idade. Lá ficou até os 18, quando parou para fazer faculdade de Direito. Fez três anos do curso até decidir que, definitivamente, aquilo não era para ele. Foi então que saiu da faculdade, se mudou para a capital de São Paulo sozinho, sem nada, e começou a treinar “um pouco aqui e um pouco ali”. Em 2004, teve sua grande estreia. Não parou mais. Aos 29 anos, Viscardi consolidou a entrada para a casa do The Ultimate Fighter Brasil 2 ao bater um dos favoritos, Thiago Jambo, na decisão dos jurados.
De personalidade pacata, Viscardi acredita que não tem muita cara de lutador. “Se não fosse a orelha, ninguém diria”, brinca, fazendo referência à orelha “de couve-flor” comum em praticantes de artes marciais. Mas garante: “com essa carinha, também dá pra lutar de igual pra igual”. No tempo livre, gosta de relaxar em casa, curtir a família, ver filmes e documentários. Além disso, é muito ligado a música – particularmente rock e heavy metal. Diferentemente de muitos lutadores, Viscardi gosta de entrar para suas batalhas ao som punk dos Sex Pistols ou o heavy metal de Ed Guy. A música já teve um papel maior na sua vida – chegou a se arriscar no baixo e na guitarra em uma banda na adolescência – mas hoje se limita a escutar e se motivar.
Hoje radicado na capital de São Paulo, Viscardi toca sua própria academia para viver. Dá algumas aulas, cuida de questões administrativas e treina. Gere os negócios com a ajuda da esposa, seu “braço direito”. Após a chegada dela – que veio de Minas – Viscardi acredita ter ganhado um novo foco para a carreira. Seu trunfo, acredita, é a base no judô, que o permitiu também uma base de wrestling – modalidade que acredita ainda ser fraca entre os brasileiros. “Com isso, posso mandar onde a luta fica”, diz. Seu momento mais marcante na carreira profissional foi uma batalha contra Flávio Álvaro, destaque do MMA nacional que Viscardi nocauteou em 30 segundos. Em contraste, viveu um momento de desânimo quando sofreu duas derrotas seguidas. Porém, acreditando no seu potencial, via que o bom desempenho dos treinos poderia transparecer para as lutas com “alguns ajustes” e persistiu na carreira. Agora, vem de uma sequência de seis vitórias.
Mesmo se não fosse lutador profissional, Viscardi ainda se veria envolvido com o mundo da luta de algum modo. Caso não pudesse mais lutar, diz, continuaria liderando a academia, “ajudando outros atletas a chegarem lá”. E é assim mesmo que pretende estar daqui a 20 anos, ainda com sua academia, mas “por hobby”, podendo sair para férias prolongadas de vez em quando e viajando. Seu planejamento imediato de carreira é simples: se vê no UFC em um ano, consolidando-se na organização por mais um ano e brigando pelo cinturão em seguida.
Após o fim da experiência em frente às câmeras do reality show, o atleta da Gracie Fusion espera poder ser visto pelo público “como uma pessoa legal, que briga pelo que é seu sem passar por cima de ninguém”. Um de seus objetivos é ajudar a derrubar o estereótipo do “lutador bravo”, mostrando que atletas de MMA são pessoas como todas as outras, “às vezes ainda mais doces”.